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O Artesão das palavras

  • henriquesampaioh
  • 8 de out. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 12 de out. de 2024



Tornou-se um escritor sem escrever uma única palavra. Contava suas histórias por horas, só com o auxílio da memória, sem nunca cometer nenhum furo, ou trocar nomes de personagens, nem mesmo suas características físicas ou roupas.


Descrevia sempre, de forma certeira, os sentimentos mais íntimos e os cenários mais complexos, e mesmo depois da décima repetição suas histórias nunca perdiam o frescor da novidade. Era um artesão da palavra dita, detestava o excessos de advérbios e mesmo os adjetivos, só quando eram indispensáveis.


Era um artesão da palavra dita, detestava o excessos de advérbios e mesmo os adjetivos, só quando eram indispensáveis.

Seus protagonistas eram dotados de uma complexidade tão realista que se passavam por pessoas vivas, dessas que encontramos emocionadas ao nosso lado num belo pôr do sol ou bebendo sozinho numa mesa de canto num bar escuro no final da noite.


Sua companheira, na época, ficou tão impressionada que o questionou sobre o motivo de não colocar todas elas no papel. “As palavras escritas não são minhas amigas”, respondeu de cabeça baixa.


“As palavras escritas não são minhas amigas”, respondeu de cabeça baixa.


 
 
 

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